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Gosto de preto e gosto de branco.
De cinzento também... às vezes. E das outras cores.
Fortes, suaves, até gosto daquelas que não se conseguem definir.
Mas não gosto de todas as cores em todas as coisas.
Não me peçam para vestir verde escuro.
Ou viver numa casa vermelha.
Ou comprar um carro amarelo.
Não consigo. Ou melhor, consigo, mas não gosto. Sinto-me mal. Infeliz.
(mas continuo a gostar do verde, do vermelho e até do amarelo)
A cor é, obviamente, uma metáfora.
A vida - a minha vida - tem, e precisa, de todas as cores.
Mas nem todas as cores encaixam em todo o lado.
Há pedaços de mim que precisam de preto no branco.
Não suportam cinzentos.
Ou melhor, suportam, mas não gostam. Sentem-se mal. Infelizes.
E muitas vezes pinto a minha vida de outras cores, que não as que quero.
Porque os outros não são iguais a mim. Porque tenho que os respeitar.
("respeito" é uma daquelas minhas coisas "preto no branco")
Parto do princípio físico de que o branco é tudo.
(assim como o preto é a ausência, o vazio)
E, por isso, não são preocupantes as minhas noites brancas.
São noites cheias. De sentidos, de convicções, de desejos.
Noites fantásticas, porque sinto tudo. Porque sou inteira.
(noites em que o coração é um prisma óptico e revela todas as cores)
O preto da noite, pinta-se no meu branco.
E confirma, mais uma vez, o que eu sempre soube.
Que em mim, na minha vida, nada é tão importante como o Amor.
É o meu alimento, o meu caminho, a minha luz.
O que sinto, o que recebo, e principalmente o que dou.
Apenas isso.
Assim.
Preto no branco.